Era uma vez um menino chamado Pedro que um dia resolveu escrever uma carta
ao Pai Natal de Portugal. O Pai Natal tinha anunciado que iria responder a
todas as cartas dos meninos e, numa bela tarde de Inverno, o Pedro dirigiu-se à
venda da terrinha, onde ia parar o correio, e lá ouviu pronunciar o seu nome.
Era a Carta do Pai Natal.
Um bloco de notas com a imagem do Pai Natal e o símbolo dos CTT, os
promotores da iniciativa, foram o suficiente para fazer do Pedro um menino
muito feliz.
E foi assim, o Pai Natal escreveu-me e eu sou um gajo muito importante. O
Pai Natal também escreveu às milhares de crianças que também lhe tinham
escrito. O Pai Natal é um espetáculo. Na altura não saiu nenhuma notícia a
anunciar que o Pai Natal me tinha escrito uma carta, mas escreveu mesmo e a
Senhora da Venda pode comprovar. A venda já não existe mais, mas o Pai Natal
existe e escreveu-me uma carta.
Gostava que o Pai Natal voltasse a fazer esta mesma aventura. Escrever a
todos os meninos e meninas de Portugal. Gostava que o Pai Natal avisasse os
pais que iria responder a todos os meninos e meninas e para isso só bastava que
os pais se juntassem aos filhos e em conjunto escrevessem a carta mais simples
e mais bela e a enviassem para a sua morada.
Um dia vou convidar o Pai Natal para visitar a minha casa. Retribuir-lhe o
favor de me ter dado uma alegria tão grande quando eu era ainda um miúdo.
Eu acredito no Pai Natal. Ele existe mesmo. Pelo menos deixa-me sempre uma
prenda na noite de Natal. Se ele não existisse eu não tinha a prenda. Toda a
gente vai dormir primeiro do que eu nessa noite. Não está nada no sapatinho,
mas no dia seguinte já lá está.
Como eu gostava que as outras crianças pudessem dizer o mesmo.
Eu sou feliz. O Pai Natal lembrou-se de mim!
inJornalPovodeFafe(25-11-2016)